Marco Silva orientou o Sporting na temporada 2014/15, era então Bruno de Carvalho o presidente dos leões.
Esta segunda-feira, em entrevista ao diário Record, o agora técnico do Fulham recordou a passagem por Alvalade.
“Quando assinámos esse contrato de longa duração, o mais longo que assinei até hoje, o Sporting estava em fase mudança. No futebol a ‘longa duração’ é sempre relativa, porque o fenómeno está muito alicerçado em resultados; mas quando assinámos por quatro anos o objetivo era claro: passava por olhar para a formação e lidar com problemas financeiros pelos quais o clube passava naquela altura. Tínhamos uma base boa criada no ano anterior e ficámos em terceiro lugar”, começou por dizer o técnico luso, deixando também uma certeza.
“Não, não me arrependo de ter ido para o Sporting. Aliás dificilmente me arrependo das decisões que tomo. Estava num momento bom, no qual tinha muitas opções, incluindo permanecer no Estoril, o que, se tivesse acontecido, serviria para prolongar a onda de coisas boas que estávamos a conseguir. Íamos atacar o mercado com mais ambição [orçamento maior do que nos anos anteriores] e não digo que ficássemos outra vez em 4.º ou 5.º mas iríamos andar nos lugares cimeiros, a jogar bom futebol e a ganhar muitas vezes”, complementou Marco Silva, antes de abordar as circunstâncias em que foi despedido (em que o Sporting recorreu ao argumento do fato de treino).
“Penso que não é futebol. Se o objetivo era que eu prosseguisse a minha carreira noutro lado, poderíamos ter feito as coisas de outra forma. Porque, entrando por essa via, era certo que ia acabar onde acaba sempre, isto é, em tribunal, com o treinador a ter razão, como sucede nestes casos”, rematou.