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Vítor Bruno reage a vitória do FC Porto diante de Al Nassr

As declarações do treinador do FC Porto depois da goleada sobre o Al Nassr, por 4-0

Vítor Bruno analisou, este domingo, a goleada do seu FC Porto sobre o Al Nassr, por 4-0, no jogo de apresentação aos sócios e adeptos dos dragões, e abriu o livro relativamente a alguns temas da atualidade do clube.

“Permitam-me começar por dar os parabéns ao FC Porto pela homenagem a Luís Castro, Alex Telles e Otávio. Os dois últimos privaram connosco. Luís Castro foi alguém que me habituei a admirar, não só pelo conhecimento do futebol mas pela maneira como faz habitar dentro dele alguns princípios e valores. Ouvi-lo falar é uma autêntica masterclass. O desejo de uma excelente época para eles. Em relação à pré-época, muito trabalho, de consolidar muito o que já vinha de trás, de introduzir uma ou outra ideia nova, mas no fundo é um processo. Temos um caminho longo a percorrer agora também com a chegada dos internacionais, que vão perceber dinâmicas e formas de estar. Agora é tentar que todos fiquem imbuídos no mesmo espírito, do vício permanente pela vitória, de nos desafiarmos e competirmos no balneário”, começou por dizer, na ‘flash’ da Sport TV.

Construir um meio-campo com ideias diferentes, com o nome próprio de Nico González. Isso dá mais garantias no processo defensivo? “Não podemos abrir muito o jogo porque tenho receio que o Rúben esteja a ouvir, ele terá feito a análise do jogo e a pessoa não se pode embriagar no que tem acontecido. O Nico tem muita capacidade para chegar à frente, consegue ser um apoio fortíssimo para o nosso ponta-de-lança, tem uma relação com o golo que estava desaparecida mas bastou despertar o gatilho. A partir do momento em que entrasse o primeiro, as coisas iam acontecer. Acredito muito em estruturas que possam ser flexíveis e que não deem ao adversário garantia do que vão encontrar no FC Porto. Esse tem sido o modelo. O que queremos com o pivô é estrangular o espaço que há nas costas do adversário. Isso tem de ser afinado ao detalhe, é algo que debatemos diariamente. Vamos ter de estar muito alerta. Sabemos o perfil do jogo do Sporting e aquilo que nos podem fazer, de que forma nos podem ferir. Não quer dizer que no sábado aconteça o que têm visto recentemente, há nuances do passado, chegam os internacionais, e há jogadores com perfil diferente que podem transformar o momento ofensivo e defensivo”.

Falso ala, Iván Jaime pensa mais como avançado… “Está habituado a pisar zonas mais adiantadas e consegue ser mais uma âncora, é alguém que joga bem de costas para a baliza, que roda bem sobre o adversário. Tentamos dar-lhe uma ou outra nuance para não o tornar previsível. O terceiro médio ajuda-nos muito. Quarto médio? Depende do perfil de quem joga, pode ficar algo assimétrico e gosto disso. Gosto de um perfil de um lado, um perfil do outro. Não quer dizer que com três médios puros isso não possa existir. Temos de perceber de que forma podemos ferir o adversário. Os jogadores têm a capacidade para se adaptarem ao momento”.

Capacidade de Namaso de jogar no apoio: “Esses princípios… Quando a bola entra no Namaso é quase como entrar num cofre, segura bem, descola bem. Conhecemos bem o Namaso, o importante é perceber de que forma podemos complementar os movimentos dele. Depois há uma coisa que se chama baliza e temos de fazer golo”.

Internacionais chegaram há poucos dias. Quão prejudicial é o facto de só terem chegado agora? “É uma preocupação não só pelo timing em que chegam, mas mais do que isso pelas métricas com que vêm das seleções. Jogadores que vêm com 40 dias de trabalho em seleção e com um volume muito reduzido. Se juntarmos mais os 15 dias de ausência de trabalho que tiveram no período transitório… Têm feito um esforço enorme, têm trabalhado muito bem até nas sessões bi-diárias. Temos de estar atentos a isso e perceber de que forma estão preparados”.

Mas partem atrás dos outros para o jogo da Supertaça? “A semana vai dar-nos demasiados indicadores para percebermos isso. Têm trabalho muitíssimo bem, são jogadores de muita qualidade e percebem do nosso jogo. Nestes dias já os introduzimos ao treino e começam a perceber as dinâmicas, durante a semana vamos ver qual a melhor maneira de atacar o jogo, perante um adversário que nos conhece e que nós conhecemos bem. São sempre lutas bravas”.

Na apresentação falou do “ouro da casa”. Martim Fernandes está um passo à frente dos outros? “Obviamente que uns estão num patamar de maturidade diferente. Martim juntou-se ao grupo numa fase importante da época passada e ele deu-nos respostas muito boas em treino. E a forma como responde aqui em casa contra o Sporting, é de alguém que já está preparado. Os outros meninos têm de dar os seus passos. Não tenho receio nenhum de ficar refém do que digo. O trabalho é preciso andar de mãos dadas com eles para poderem construir uma carreira. Não chega só ter talento. O que queremos é que se atirem de forma convicta e desafiadores ao que lhes lançamos. Eles têm-se integrado muito bem. Rodrigo Mora? Tem um talento… Não gosto de antecipar cenários, mas tem muito para ser desde que perceba que o futebol é mais do que aquilo que Deus lhe deu, que é um talento inato. Pode chegar a um patamar alto de nível europeu. Ele tem esses princípios e sente-se a preocupação dele em corresponder cada vez mais ao que lhe é pedido taticamente, a nível de jogo e compromisso com a equipa. O talento está lá, tem tudo para correr bem”.

Preparação do jogo com o Sporting: “Vai continuar a ser uma equipa muito forte. Está muito bem liderada, tem uma equipa técnica muito competente e o que têm feito não é obra do acaso. Perspetivamos uma época difícil, contra adversários de nível alto e que vão exigir de nós o nosso melhor fato. Na pré-época também apresentaram algumas nuances com médios a baixar para a construção, vê-se que está bem trabalhado. Nós também temos internacionais agora a chegar. Percebo que os adeptos até queiram ver uma cara nova a chegar, mas eu sinceramente, pelo que tenho visto, com chuva, sol ou vento, a capacidade de trabalho é a melhor contratação, o treino. Têm sido fenomenais na forma como têm tentado levar a jogo tudo o que é feito em treino. Há coisas que temos de ajustar para o jogo de sábado”.

Diogo Costa, Pepê, Francisco Conceição têm interesse do mercado. Tem alguma garantia de que não os vai perder? “[Se estou] Preparado ou não, é uma realidade com a qual teremos sempre de conviver. O nosso mercado é vendedor, temos essa necessidade e o presidente já tocou no assunto. O presidente e a administração vão fazer um esforço gigante, mas obviamente que quem chegar e bater cláusulas vai levar jogadores de grande qualidade”.

Calções ou calças? “Não é nada que esteja programado, mas isso não ganha jogos. São questões quase a roçar o mito. O que espera é que de calções ou calças, a bancada esteja cheia de gente do FC Porto. São fundamentais para nós, estão entranhados connosco. A grande força de um clube não pode residir apenas no palmarés, mas sim no adepto, cidade. Sabemos que se estiverem lá para nós, iremos à boleia deles. O que esperamos é que no sábado estejam em força e nos apoiem como sempre”.

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