Negócio fechado: Médio torna-se reforço do Sporting

Contas feitas aos últimos dias, o Sporting saiu por baixo não só no mercado de transferências, dada a venda de Matheus Nunes que deixou Rúben Amorim “insatisfeito”, mas também no plano desportivo, com a contundente derrota diante do FC Porto (por 3-0) que deixa a equipa a 5 pontos do rival. Dois duros golpes aos quais o leão tentará dar a volta por cima na semana que hoje se inicia: nesse sentido, ajudaria uma vitória na receção ao Chaves, no sábado, e também… um reforço para o meio-campo, objetivo que a SAD espera concretizar ainda antes do duelo com os flavienses da 4.ª jornada da Liga, sabe Record.

Sendo certo que o técnico já se assumiu “satisfeito com os jogadores” à disposição e tem puxado pelos miúdos da formação para mostrarem o que valem, tal não significa que a porta esteja fechada a caras novas – pelo contrário. A estrutura para o futebol da qual faz parte – e onde também se incluem Frederico Varandas e Hugo Viana – tem decidido que o plantel deverá conhecer, pelo menos, mais um médio e planeia acelerar a definição desse dossiê nos próximos dias.

Desde que Matheus Nunes foi oficializado como reforço do Wolverhampton, os leões têm analisado diferentes opções no mercado – e já vários jogadores foram oferecidos e consequentemente rejeitados pelo clube, dado que a procura centra-se num médio de caraterísticas específicas, semelhantes às do internacional português que saiu para Inglaterra. Nesse sentido, e ao que o nosso jornal conseguiu perceber, a lista de potenciais reforços foi restrita a um lote de três nomes e desde então foi escolhido o alvo prioritário, que a SAD tentará fechar esta semana.

Amadurecer a ideia

Como foi visível na antevisão ao clássico, numa conferência em que se mostrou desagradado com a Direção, a saída de Matheus Nunes não caiu bem a Amorim, que num primeiro momento até apontava à promoção das alternativas que estão em casa em detrimento de ir ao mercado atacar um substituto. Só que em resposta ouviu Varandas transmitir-lhe que existe uma folga financeira para contratar, algo a que o próprio treinador aludiu antes do duelo com o FC Porto. “O Matheus foi vendido para fazer face a coisas básicas do clube. Sou um treinador que precisa de tempo para amadurecer a ideia […] Podemos gastar alguma coisa, mas não o dinheiro [todo] do Matheus Nunes”, sublinhara. Quer isto dizer que dos 45 milhões de euros que o Wolves deixou em Alvalade, há margem para canalizar parte desse montante num contratação para o sector intermédio, até ao patamar dos 10 milhões de euros.

Com cerca de uma semana e meia até ao fecho da janela, o Sporting espera resolver esta questão o quanto antes, até para evitar o sucedido nos últimos dois verões, nas quais os reforços só entraram nas últimas horas do mercado. Esta semana será, por isso, determinante.

Morita passou no teste de fogo

O resultado contra o FC Porto é para esquecer, mas mesmo no desaire há aspetos positivos a retirar, um deles a resposta de Morita. Chamado a ocupar a vaga deixada no meio-campo por Matheus Nunes, o japonês, contratado ao Santa Clara, deu boa conta do recado nos 70 minutos em que esteve em campo: além de ter vencido a maioria dos duelos que disputou (6 em 11), ficou perto do golo quando rematou em cheio no poste direito da baliza de Diogo Costa, logo aos 11’.

De resto, e no final do jogo, também Rúben Amorim, revelou satisfação com a prestação do reforço, ainda que com espaço a evolução: “Gostei do Morita, adaptou-se bem à posição e sei que vai ficar ainda melhor”.

Nome favorito já fora de órbita

A possibilidade de Matheus Nunes – e também Palhinha – abandonarem o clube há já muito tempo pairava sobre Alvalade, pelo que, de igual forma, desde cedo a estrutura formou uma lista de jogadores referenciados para o meio-campo em caso de saídas. Morita, contratado ao Santa Clara, era um deles e ajudou a atenuar o impacto da saída de Palhinha para o Fulham, no entanto a vaga deixada por Matheus Nunes é mais difícil de suprir dado o ‘timing’ da venda.

Numa fase em que a janela de transferências já vai longa, o nome favorito à sucessão já está fora do alcance do Sporting. Algo a que, de resto, Amorim aludira antes do clássico, ao sublinhar que “é difícil contratar nesta altura” do mercado.