clubes portugueses arriscam derrota por falta de policiamento
Em 2021, o Tottenham deixou a Liga Conferência pela impossibilidade de reagendar uma partida, quando enfrentava a um surto de Covid-19. Por norma, a UEFA é intransigente quanto ao calendário.
O regulamento da UEFA é pouco flexível quanto ao adiamento de jogos e, no que diz respeito à falta de policiamento nos estádios, poderá punir os clubes com a derrota. Face à possibilidade de o contingente policial ser reduzido nos duelos europeus de FC Porto, Benfica, Sporting e Sp. Braga, importa lembrar a eliminação prematura do Tottenham na Liga Conferência, em 21/22.
Os «Spurs» enfrentaram um surto de Covid-19 antes da receção ao Rennes, mas a UEFA castigou os londrinos com falta de comparência na última jornada da fase de grupos, aplicando a «pena» de derrota por impossibilidade de reagendamento.
«A UEFA é bastante mais inflexível nestas questões. Se não dá, não dá, os clubes são sancionados assim e seguimos em frente. É óbvio que, depois, haveria muita discussão sobre se os clubes tinham culpa e o que podiam fazer. Antecipo como possibilidade que os clubes possam vir a ser punidos com a sanção de derrota se não houver um jogo em Portugal a contar para qualquer competição europeia por ausência de policiamento», disse, à Lusa, o advogado José Miguel Albuquerque, líder da Associação Portuguesa de Direito Desportivo.
No último fim de semana, a partida entre Famalicão e Sporting, na Liga, e os jogos Leixões-Nacional e Feirense-Ac. Viseu, na II Liga, foram adiados face aos protestos das forças de segurança, que reivindicam a atribuição de um suplemento de missão igual ao da Polícia Judiciária.
No calendário europeu, o Benfica recebe o Toulouse, a 15 de fevereiro. No mesmo dia, o Sp. Braga joga, em casa, diante do Qarabag.
Na semana seguinte, o FC Porto recebe o Arsenal, a 21 de fevereiro, e o Sporting regressa a Alvalade para medir forças com o Young Boys, a 22 de fevereiro.