Benfica

Roger Schmidt e o mercado de transferências: «O que acontece nos bastidores fica lá»

Treinador do Benfica diz-se focado no jogo com o Midtjylland e não quer falar de Ricardo Horta ou Aursnes

Roger Schmidt fez esta segunda-feira a antevisão ao jogo da 2.ª mão da 3.ª pré-eliminatória da Liga dos Campeões frente ao Midtjylland, amanhã, na Dinamarca (18H45)

Expectativas para o jogo… que tipo de encontro espera? “Espero que o adversário vá tentar de tudo para recuperar. Neste momento estamos no intervalo, temos de jogar pelo menos 90 minutos. Isto está bem encaminhado para nós, vamos utilizar a vantagem e o bom resultado que conseguimos. Tenho experiência neste tipo de jogos e o mais importante amanhã é estarmos concentrados deste o primeiro segundo. Vai ser um jogo muito exigente, Midtjylland obriga os adversários a trabalharem muito, têm jogadores rápidos à frente, jogadores muito físicos. Também são fortes na defesa. Temos de estar preparados e mostrar a nossa qualidade, assim como uma mentalidade forte. Esperamos passar à próxima fase”.

Esta semana pode ser decisiva relativamente a reforços. Espera chegadas de Ricardo Horta e Aursnes? “Para ser sincero, não espero nada. Estou muito concentrado no jogo de amanhã. Já disse várias vezes que o meu trabalho é orientar os jogadores da melhor forma, para estarem prontos para os jogos. Tudo o que acontece nos bastidores é lá que fica. Veremos o que acontece nas próximas semanas. O mercado ainda está aberto e há sempre oportunidades de melhorar os plantéis, mas para já não falo de novos jogadores”.

Era mais importante ter Horta ou Aursnes? João Mário vai com a equipa para a Dinamarca? “Posso falar do João Mário. Acho que está muito melhor do que na sexta-feira e no sábado, vamos ver como se sente no treino e viajará connosco se aguentar no treino. Não é 100 por cento seguro, teremos de esperar até ao último treino para ver como se sente”.

Depois de uma vitória confortável na 1.ª mão, pretende fazer alterações? Frente ao Arouca, Benfica fez 31 passes em 82 segundos num dos golos. O que revela isto das suas ideias? “Temos de ver quais os jogadores que estão disponíveis para amanhã. Posso sempre fazer alterações. Penso que nos dois primeiros jogos a doer, usámos o mesmo onze porque os jogadores estão habituados uns aos outros, mas há sempre oportunidade de mudar algo. A decisão definitiva será amanhã depois do treino. Tenho de ver a situação de João Mário. O mais importante no futebol é ter posse de bola, e tentamos ser criativos nessas alturas e verticais. Queremos atacar a área do adversário, mas também temos de ter um bom ritmo. Na sexta-feira à noite, contra 10 na segunda parte, também é preciso paciência a certa altura. O adversário faz tudo para defender atrás da bola, e penso que o golo que marcámos é um exemplo do que podemos fazer. Estivemos bem nesse segunda parte, fomos pacientes, e atacámos bem o último terço do campo. É importante ter posse de bola mas também temos de estar organizados para ter em conta as transições do adversário. Foi nisso que nos focámos na pré-época, ter atenção aos posicionamentos e estarmos atentos a isso. Não demos oportunidades ao Arouca de marcar e isso é sempre bom”.

Disse que estamos no intervalo do jogo… teremos um Benfica a assumir, ou a seguir ao intervalo é preciso uma equipa mais contida? “Estou convencido que a melhor maneira de defender é jogar longe da nossa baliza. Não está nos meus planos defender atrás e com muitos jogadores. Acreditamos em nós e a nossa ideia é irmos lá jogar, atacar e marcar. Se tivermos a bola longe da nossa baliza, essa é a melhor defesa aos contra-ataques, bolas paradas… temos de estar sempre preparados para estes momentos, mas também temos de ir para cima com um futebol ofensivo. É nisso que acreditamos, a abordagem não será tão diferente à do primeiro jogo”.

Treinador do Midtjylland tinha dito que nem com um milagre passaria o Benfica… pensa que a eliminatória já está fechada? “Acho que o treinador disse isso depois do jogo. Tenho a certeza que no dia seguinte viu as coisas de forma diferente. Claro que ele deve acreditar que podem virar o resultado, que têm uma oportunidade e desde o início vão tentar reentrar na eliminatória. 4-1 não são 8-0. É um bom resultado para uma 1.ª mão mas não está nada resolvido”.

Sente-se um treinador, até por ser estrangeiro e chegar a uma nova Liga, com ideias vencedoras? “Estou convicto do que estamos a fazer. Se não estivesse, seria muito mau, porque é preciso convencer os jogadores disso também. Foi essa a nossa tarefa na pré-época, para mostrar as vantagens deste nosso estilo de jogo. Gostei muito da atitude dos jogadores, da forma como trabalharam na pré-época. Quando vejo os jogos, vejo jogadores convictos, empenhados, a colocar as ideias em prática. Estão todos muito ligados. Vejo uma equipa em campo, tanto com bola como sem. Acho que estamos muito bem, mas claro que há margem de progressão. Temos de evoluir cada vez mais, mas para já parece-me que os jogadores estão a gostar de jogar. Estamos a marcar muitos golos, a defender bem, e para já está a ser muito bom”.

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